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sábado, 16 de janeiro de 2010

No mundo moderno, as questões envolvem mais empresas que estados

Um incidente diplomático?
Mais que isso?
A Google contratou o iDefense Security Labs para esclarecer a onda de ataques aos seus sistemas na China. Os resultados da investigação começam a ser publicados, dando conta de que o malware responsável por esses ataques, e por outros desencadeados contra empresas norte-americanas, saiu de servidores ligados ao governo chinês.
O relatório técnico afirma que todos os endereços IPs registrados como fontes dos ataque são de uma única instituição, formada por burocratas chineses. Afirma também que os hackers colocaram o malware em arquivos .PDF, com o objetivo de identificar as vulnerabilidades dos softwares da Adobe Systems. O ataque à Google se assemelha aos ocorridos em meados do ano passado às empresas americanas localizadas no Vale do Silício. Ainda, segundo o relatório, foram usados os mesmo servidores, o mesmo sistema de hospedagem IP e todos participavam do mesmo grupo de redes secundárias. Daí decorre a conclusão de os ataques estão sendo orquestrados de maneira deliberada, com os objetivos de sabotagem e espionagem dessas empresas.
Estamos diante de episódio muito sensível a questões comerciais, diplomáticas e políticas. Nesses casos as retaliações são muito prováveis, envolvendo também vários níveis, além do comercial. De fato, está posto em risco a qualidade das relações internacionais. Em abril, teremos a reunião anual do FMI que encaminhará assuntos pertinentes à governança global. A reunião conta com a presença da China e dos Estados Unidos. Como ficarão essas questões, diante de um país acusado de espionagem e sabotagem? Voltaremos à Guerra Fria?
No decorrer da semana que vem esse assunto deve pegar fogo. Vamos acompanhá-lo.

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