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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Termômetros medme. Não é razoável quebrá-los.

Standard and Poor's derruba bancos espanhóis, no rating de crédito
Foi ontem, em meio à confusão do mercado financeiro. Não havia momento mais inoportuno para o anúncio do óbvio.
Sofreram redução nas avaliações as instituições financeiras: CaixaBank, Bankia, Banco Financeiro e de Poupança, Banco Popular, Bankinter, Banco de Sabadell, Caixa de Poupança e Pensões de Barcelona, Ibercaja Banco, Kutxa e Bilbao Bizkaia. O anúncio deixou explícita a possibilidade de novas reduções desses bancos no curto prazo.
É bom lembrar que o termômetro é novo. A metodologia da S&P para avaliação dos riscos de crédito foi revisada e reformulada recentemente. Isso desembocou na redução de ontem.
Quem não se conforma com isso é a França que já se enxerga nesse espelho. Ontem o governador do Banco da França, percebendo a iminência do risco, correu em direção ao trombone e assoprou forte: tratam-se de “ irracionalidades das agências de classificação e suas decisões incompreensíveis. As agências se tornaram totalmente incompreensíveis e irracionais. Fazem suas ameaças depois de os Estados tomarem decisões fortes e positivas”.
As manifestações das agências são realmente inoportunas, embora sejam corretas. Em passado recente, na raiz de todos os problemas vividos hoje pelo mundo, as declarações eram incorretas, mas oportunas. Penso mesmo que devam ser reguladas e submetidas a punições, como qualquer outra empresa.
O acordo da semana passada em Bruxelas trouxe novas expectativas para a recuperação da economia mundial, mesmo que em prazo mais longo, obrigando a uma disciplina orçamentária mínima. Aliás, é uma vergonha também que tivéssemos que  assistir um dia uma autoridade supranacional fazer as vezes de tribunal econômico na defesa de economias locais.
Na quarta-feira, a Fitch havia rebaixado anota de dois bancos franceses: o Credit Agricole e o Credit Mutuel.
Nessa briga não tem bom. Claro que gostaríamos de não ter nosso defeitos postos a público e de não ouvir críticas a nosso respeito. O mais prudente, entretanto, é reconhecer que precisamos avaliar os riscos e não quebrar os termômetros.

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