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sábado, 25 de dezembro de 2010

Argentina em 2011

A economia argentina crescerá em 2011, impulsionada pelo consumo excessivo e
pelas decorrentes pressões inflacionárias
Parece ser um consenso entre analistas econômicos que a Argentina alcançará crescimento de 5% de seu PIB, no próximo ano. Mas esse crescimento decorreria do consumo público e privado, com exportações de produtos menos dinâmicos e com menor nível de investimentos.
A tendência mais forte desse modelo, para 2011, é o rápido crescimento da inflação. As projeções dos economistas argentinos apontam para os bons preços externos das commodities, muito embora prevejam também a continuidade das fortes saídas anuais de capitais, decorrente da perda de confiança dos investidores no país. As contas públicas e a falta de outros fundamentos econômicos contribuem para essa redução da confiança mundial na economia do país.
Portanto, resta ao governo reconhecer a importância da evolução da economia mundial para os resultados internos. A demanda Argentina e os preços das commodities serão decisivos para a estabilidade econômica e política, dentro do quadro estatizante atual.

A faltar sustentação aos preços da carne, do petróleo e da soja, o sistema atual de transferências públicas, que mantém os atuais níveis de consumo, certamente irá se exaurir. A saída , então, estaria nos cortes de gastos e na redução do tamanho do estado, o que, no país é sempre muito difícil.
Não se imagina, entretanto, que os preços das commodities possam cair, pelo menos no curto e no médio prazos. As estimativas para a conta corrente em 2010 seriam de 1,9% do PIB e, para 2011, de 1,0%.
Os Argentinos conviverão nos próximos períodos com questões cruciais relacionadas à vida política e econômica da nação: demandas sociais crescentes, potencial produtivo em exaustão, baixos níveis de investimentos, perda de competitividade industrial, redução da capacidade de geração de empregos formais e a ausência de uma clara política de renda e de sua distribuição.
 Nada disso é bom para nossas relações bilaterais. O equilíbrio condiciona o sucesso do Mercosul.

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