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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desse jeito, não há ministro que dê conta do dólar

E o Risco-País cai mais quatro pontos
O indicador de risco-País não respeita nem as condições adversas da economia internacional. Hoje caiu mais 4 pontos-base, ficando em 170 pontos. O real tornou-se ainda mais líquido, ainda mais forte e ainda mais estável, na visão do investidor internacional. A depender desse mercado, estaríamos a um passo da conversibilidade plena de nossa moeda.
Convenhamos que uma moeda tão forte não faz bem à vida empresarial brasileira. Em função disso, o presidente do Banco Central brasileiro esbraveja: "Teremos um momento importante agora, que será a reunião dos chefes de Estado do G-20".
É de se perguntar se isso resolveria alguma coisa. Certamente, não devemos apostar as fichas nacionais nessa reunião. Melhor seria que o próximo governo procurasse uma saída, por um outro lado. Até porque a solução pode estar aqui dentro.O ministro Mantega já nos aliviou das entradas especulativas de dólares. Agora, temos que tratar da entrada excessiva da  moeda americana, provocada pelos bons fundamentos econômicos e pela atratividade, exercida sobre os investimentos diretos estrangeiros, decorrente do crescimento de nossos mercados. Não se pode recusar um capital que aporta ao país para integrar nossa paisagem econômica, gerar emprego, renda e consumo.
O crédito abundante garante o mercado que o capital requer. O consumidor aproxima-se, graças às taxas de juros, do limite de seu endividamento. Os prazos dos empréstimos se alargam e a competição tem forçado a queda dos juros. Até quando vai isso? Sabe Deus!
Portanto, a saída é mandar dólares para fora. Que tal montarmos um programa articulado de compra de empresas estrangeiras no exterior, visando aumentar o fator agregado de nossas exportações? Teríamos que pagar tudo em dólares e assim estaríamos mandando o excesso da moeda americana para fora.

E que tal montarmos um agressivo programa de importações, com o objetivo de modernizar e embutir tecnologia em setores estratégicos do desenvolvimento nacional? A seletividade é o critério para evitar novos cartórios. O importante é trazer tecnologia do exterior e enviar dólares para lá. Equilibraríamos o fluxo de moeda estrangeira.
Setores estratégicos com maior intensidade tecnológica pagarão melhores salários ao trabalhador brasileiro. Esses produtos, quando exportados, terão esses bons salários pagos pelo consumidor estrangeiro.
Vale a pena cogitar disso tudo ou vamos permitir que a desvalorização do dólar fique como está?

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