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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desse jeito, o Movimento dos Sem Terras pode sofrer reduções

Com o crescimento da renda, classe média já é maioria na zona rural
As transformações na renda são notáveis nesses últimos anos. A política de rendas esteve substanciada em aumentos de salários mínimos generosos, reajustes mais fortes, dada a maior demanda de mão de obra, políticas assistenciais e sociais mais ativas (sem discutir sua natureza e qualidade). Tudo isso andou irrigado pela política do crédito forte. Seja como for, chegamos a uma situação nova, e que não pode fugir aos olhos dos agentes econômicos. 
De 2003 a 2099 (veja que o dado não inclui 2010) 3,7 milhões de pessoas, residentes em áreas rurais, passaram a integrar a chamada classe média. O estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento agrário mostra que a classe média, no campo, passou de 20,6% em 2003, para 35,4 % em 2009, transformando-se na classe predominante no ambiente rural. Essa evolução é mais impressionante, quando se admite que sob a categoria classe média, se arrolam famílias, cujas rendas mensais, estejam no intervalo entre R$ 1.126,00 a R$ 4.854,00.
Esse segmento, em 2009, já contava com 9,1 milhões de pessoas, em um total de 25,7 milhões de habitantes em zonas rurais. O que ainda impressiona é que a proporção de pobres (pessoas com renda inferiores a R$ 145 reais/mês) é de apenas 39,5%, contra os 46% de zonas urbanas.
No Brasil, vivem no campo 15% de toda a população. A redução da pobreza dessa população foi expressiva. O índice recuou de 51,5% para 31,9%, indicando que a mobilidade social foi mais dinâmica no meio rural do que nas cidades.
As regiões urbanas. As classes C e D diminuíram juntas 20,4%. A escolarização cresceu 29,4%, enquanto no total do país o aumento foi de 15,2%.
A vida no campo melhorou mais rapidamente que nas cidades, embora a política de renda tenha sido mais voltada às cidades, hoje até com direito a ministério próprio. Curioso é que em nenhum momento se faz menção a outras causas como os ganhos de produtividade no campo, o maior nível tecnológico embutido nessas operações, o maior investimento dos empresários do setor, à ampliação da área plantada.
Tampouco se fala que tudo isso se deu em condições de abandono de nossas rodovias, ferrovias e de nossos portos. Também parecem esquecidos os períodos de queda nos preços dos produtos agrícolas no cenário internacional e os contratempos climáticos vividos nesse período.

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