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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Inflação e suas inconsistências

IGP-10 foi de 0,49%, em janeiro. Apontou para desaceleração. IPC-S sobe, indicando para aceleração de 1,06%, na segunda
prévia de janeiro.
Durma-se com um barulho desse.
O IGP-10 (Índice Geral de Preços) registrou taxa de inflação de 0,49% em janeiro. O resultado é 0,78 ponto percentual menor que o do mês de dezembro. Os dados foram divulgados no início dessa semana. A queda foi atribuída a dois elementos:
1) à redução do Índice de Preços ao Produtor Amplo- IPA-, com inflação de 0,35%, diante do anterior de 1,46%.
2) Ao menor crescimento do Índice de Preços ao Consumidor-IPC-, que apresentou taxa de 0,90%, em relação aos 1,05% de dezembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal –IPC - S-, mostra o crescimento do ritmo inflacionário, com taxa de 1,06%, na segunda prévia de janeiro. Isso significa um acréscimo de 0,14 ponto percentual em relação aos dados da semana anterior.
Os responsáveis foram o grupo Educação, Leitura e Recreação, com seu comportamento sazonal de início de semestre, e o grupo de alimentação cuja demanda continua bastante elevada e a oferta sendo disputada pelo mercado internacional.
Para quem gosta, veja os comportamentos desses grupos na tabela abaixo:

Para complicar o relatório Focus dessa semana reflete expectativas de inflacionárias mais altas, com aumento de 0,50 ponto percentual na Selic, ainda esse mês.
Os entrevistados imaginam um crescimento da pressão inflacionária e um aumento do juro básico na reunião do Copom. O Comitê poderia elevar amanhã a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, encerrando o mês em 11,25% ao ano.
Diferenças metodológicas à parte, fica difícil para o homem comum entender essas discrepâncias entre índices e entre os índices e expectativas empresariais.
Tentando traduzir: a inflação voltou via alguns grupos e, sobretudo, nas grandes metrópoles brasileiras.
A primeira medida é mais geral e refere-se a todo o país, com maior abrangência geográfica e contemplando regiões de demandas menos ativas. Pequenas diferenças nos períodos aferidos também explicam as diferenças nos resultados. São os efeitos dos pesos definidos e dos períodos escolhidos que explicam as diferenças. E elas nos confundem.

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