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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O novo colonialismo

Endurecer com a Coroa
Colônias sempre exportaram matérias primas e importaram manufaturados. Ouro, pedras preciosas, especiarias, fibras, grãos, madeira, açúcar, café, borracha e outras commodities. Bens que integraram os diversos ciclos da história econômica dessas nações.
No colonialismo, o desrespeito aos direitos dos colonizados produziu sempre muita indignação, entre eles, o mais aviltante, dizia respeito ao que modernamente se chamou de direitos humanos. Mão de obra escrava, trazida de fora para dar conta das atividades econômicas, marcou tristemente a formação das riquezas locais.  
Nos jornais do final de semana, prolongadíssimo, três notícias espantam a população desse grande país exportador de matérias primas:
1a)- Vamos importar mão de obra. E qualificada. Porque aqui não temos, nem somos capazes de formar, em prazo curto, pessoas para o nosso mercado de trabalho. Teremos que trazer mão de obra externa para dar conta das atividades econômicas brasileiras. Faltam pedreiros, ajudantes de pedreiros, auxiliares de todas as profissões, enquanto nas favelas das grandes metrópoles a massa ignara vive de bolsas. Importamos engenheiros, enquanto os nossos “viram suco”.  
2ª)- Não seremos auto-falante dos direitos humanos. Continuaremos a nos aproximar de países com históricos de crueldades, dando de ombros para continuidade de procedimentos que afrontam à humanidade. Uma venda, como um filtro, selecionará o que deve ser visto. E falado.  
3ª)- Vamos endurecer com os chineses.
Mas logo com a China? Nossa Coroa atual? Maior importadora de nossas matérias primas, exportadora de manufaturados, que promove, pelo artificialismo das taxas cambiais, nossa desindustrialização. Será, então, contestada? O colonialismo será reconhecido e combatido, por uma diplomacia da insurgência?
Difícil crer que nosso comércio exterior seja guiado por estratégias insurgentes. Justo ele que deveria estar a serviço de nosso desenvolvimento.
Haverá quem, lembrando de passado recente, das práticas de politização seletiva, resolva definir direitos humanos como pressuposto essencial de nosso convívio nacional e internacional? Ou para isso haverá vendas ou filtros?
Haverá alguém capaz de propor uma política de substituição das importações de seres humanos? Alguém que ouse privilegiar a política industrial e coloque os fundamentos econômicos a serviços do desenvolvimento, e não só do crescimento, econômico?
Haverá disposição para pensar o país no seu prazo mais longo e planejá-lo, trocando índices de popularidade por índices de desenvolvimento humano?

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