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quarta-feira, 3 de março de 2010

Brasil e China

Características do atual comércio com a China
Analisados os 10 principais produtos importados e exportados pelo Brasil, observa-se que a China exporta produtos de valor agregado elevado, enquanto as exportações brasileiras são marcadas por commodities.
As transações mostram uma deterioração dos termos brasileiros de trocas.
Por outro lado, os produtos chineses exportados ao Brasil, conseguiram aumentar seus preços de forma substancial a partir do final de 2007.
Esse fato surpreende em função da crise econômica mundial e da retração do consumo. Também surpreende pelo fato do real ter atravessado por uma fase de forte valorização em relação ao dólar, o que deveria ter inibido essas importações.
Por outro lado, o dado evidencia o vigor do mercado brasileiro, que, em plena crise e com sua moeda valorizada, foi capaz de absorver os aumentos de preços e importar produtos com maior grau de sofisticação. Claro, que isso agrava ainda mais a deterioração dos termos de troca.
Dados do MDCI mostram que o quilo dos bens de consumo não duráveis aumentou de US$ 6,33, calculado para o período de janeiro a julho de 2008, para US$ 7,44 nos primeiros sete meses de 2009. Os bens de consumo duráveis aumentou, nessa mesma base de comparação, de US$ 4,46 para 4,60.
Essa tendência dos preços parece consolidar-se por duas razões. A primeira, pela evolução do processo de industrialização chinesa que, realmente, tem sido capaz de produzir produtos de maior valor agregado e de maior nível de sofisticação. Em segundo lugar, porque a produção dos produtos chineses estão submetidos a custos mais altos pelas mudanças que a China vem promovendo em sua legislação trabalhista e tributária, e ainda, pelas pressões impostas às suas políticas monetária e cambial.

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