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terça-feira, 30 de março de 2010

Uma visão para a economia brasileira

5a Postagem - Cenário 2010
Brasil alheio à crise, caminha sobre
seus próprios pés
6) BRASIL
A estimativa para o crescimento da economia nacional é de 5,5% para 2010. O consumo doméstico, maior determinante desse crescimento, deverá crescer 5,0% nesse período.
A forte recuperação na produção industrial, associada ao reduzido nível de investimentos em 2009, levaram a índices de utilização da capacidade instalada próximos a 81,0%. Diante das expectativas de crescimento do PIB nacional, os setores público e privado serão obrigados a investimentos adicionais, aumentando a taxa de formação bruta de capital fixo ao longo de todo ano. A primeira manifestação dessa expansão, de modo geral, ocorre pela expansão dos níveis de emprego. Durante 2010 é de se esperar pelo forte crescimento do número de novas vagas, pela escassez da mão-de-obra especializada e por ganhos salariais expressivos em alguns setores da economia, bem como pela expansão da massa salarial. Os investimentos em ativos fixos deverão se expandir a uma taxa de 15% nesse período.
Esse maior nível de investimentos deverá pressionar o nível de importação de bens de capital. Como a expansão da oferta e sempre mais lenta e posterior ao crescimento da demanda espera-se por uma pressão adicional nas quantidades importadas pelo crescimento das compras internacionais de bens de consumo. O déficit em nossa conta corrente crescerá em 1,0 ponto percentual, ou seja, de 1,3 % para a 2,3% do PIB.
Esse déficit de conta corrente não deve se constituir em um problema maior, dado o influxo de capitais estrangeiros para o país deverá mais que compensá-lo, em função da melhor percepção do risco Brasil. O investimento externo direto deverá ter seu fluxo aumentado em mais de 50% em relação a 2009.
O aumento desses investimentos externos diretos que em grande parte financiarão o crescimento da formação bruta de capital fixo tende a manter o real valorizado em relação ao dólar. Entretanto, o aumento das importações e a piora dos resultados da conta corrente devem minimizar essas pressões. Confirmada a recuperação americana, o dólar também deverá valorizar-se em relação a outras moedas. Uma taxa de R$ 2,00 por dólar pode ser esperada mais para o final do ano.

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