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sábado, 6 de março de 2010

Otimismo chega aos 45' do segundo tempo

Expectativas para a próxima semana
O resultado abaixo do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda não reverteu as expectativas sobre inflação e juros. A inflação medida pelo índice foi de 0,78% em fevereiro deste ano, contra variação de 0,75% no mês anterior. Comparado ao IPCA-15, que havia registrado alta de 0,94%, mostrou importante arrefecimento. Os registros mais relevantes ficam por conta da menor aceleração do grupo transportes e da redução das pressões sobre as demais classes de despesa.
Nesta apuração as maiores altas se repetiram nos itens alimentação, transportes e educação, respondendo por 89% da alta do IPCA, variação de 0,68%. Os alimentos seguiram ainda bem pressionados, porém em ritmo inferior se comparado com o mês anterior, destaque para a alta dos legumes (tomate), cereais (arroz, feijão), açúcar e hortaliças. Isso pode ser atribuído ao excesso das chuvas desse mes.
O resultado do IPCA e a divulgação da produção industrial permite que o Banco Central só inicie o processo de alta da Selic em maio ou junho. Do ponto de vista do crescimento econômico e do consumo interno, isso foi tranqüilizador. Veja-se, como exemplo, que os prêmios embutidos nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) sinalizaram queda, nesta sexta-feira, com o mercado reagindo de forma muito positiva. Sairão na próxima semana outros indicadores de consumo: IPC-S, IGP-DI e o IPC da Fipe. Deverão vir de forma consistente ao IPCA, mostrando que a inflação está dando uma trégua à economia nacional.
A inflação, por enquanto, apenas inspira cuidados, não medidas. Vamos aguardar por informações sobre o comportamento dos preços no mes de março.

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