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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Crise? Não é momento para pensar nisso.

Brasil pode sofrer crise em 2011,
segundo analistas
DCI     Seg, 26 de Abril de 2010     18:49 .
No final da semana passada, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) declarou que o Brasil sofrerá crises fiscal e cambial a partir de 2011 e 2012. Gomes, que pode deixar a corrida presidencial, afirmou também que o candidato José Serra (PSDB-SP), de oposição, teria melhores condições para lidar com o tema, ao contrário da candidata governista Dilma Rousseff (PT-RS).
Na opinião de especialistas consultados pela Agência Investimentos e Notícias (IN), o país poderá passar por problemas. "A crise fiscal deve acontecer e o próximo presidente entra com o objetivo de fazer uma reforma. O aumento do custo do governo cresce muito e será necessário corte de gastos para iniciar a nova administração. Neste quadro poderemos ter até mesmo retração da economia", afirmou Estevão Garcia, professor do curso de Gestão Financeira da Faculdade Veris IBTA.
Já Miguel Daoud, economista da Global Financial Advisor, os primeiros sintomas da crise já são sentidos na economia. "Essa crise começa a se desenhar neste ano. O governo não arrecada o suficiente para pagar o quanto gasta e os juros. As taxas de juros vão subir, cada ponto aumenta em torno R$ 6 bilhões as despesas por ano e em 2010 subirão até 3 pontos percentuais no mínimo, contratando R$ 18 bilhões. Isso vai minar a capacidade de investimentos do governo por algum tempo", ponderou.
Garcia, por sua vez, defende que o país deveria promover reforma fiscal nos próximos anos. "A distribuição dos impostos federais deveria mudar, talvez até com a unificação de diversos tributos. Não tem jeito, todo mundo teria que fazer a lição de casa, mas vai haver resistência", completou.
Para Celso Grisi, economista da Fundação Instituto de Administração (FIA), o momento da economia brasileira não inspira cuidados. "Está muito afastado disso, já que as previsões estão construídas no desempenho das contas externas. Mas temos reservas grandes e estamos indo para rota de correção, vamos ter fluxo maior de capital. O país tem fundamentos econômicos sólidos", contrapôs.

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