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sábado, 1 de maio de 2010

Poupança pública escorre pelo ralo da Selic

Não há o que baste para um governo cuja dívida bruta é de  R$ 1,9 trilhão
A dívida bruta do governo (União, INSS, governos estaduais e governos municipais) atingiu a cifra de R$ 1,948 trilhões em março, o equivalente a 60,4% do PIB. Em fevereiro, a dívida era uma pouco maior: R$ 2,015 trilhões (63,1% do PIB).
Somado os três primeiros meses, o superávit foi de primário de R$ 16,827 bilhões, os juros pagos alcançou o valor de R$ 44,979 bilhões e o déficit nominal equivalente a R$ 28,151 bi.
A dívida mobiliária federal, excluído o Banco Central, alcançou R$ 1,400 trilhões (42,4% do PIB) no mês março. Os resgates líquidos foram de R$ 12 bilhões.
Como diria Mendonça de Barros, é a farra do boi. O Governo precisa ampliar sua poupança. Isso vale também para a poupança privada. Não se pode viver apenas da expansão do crédito, se quisermos ter crescimento sustentável.
A estrutura de vencimento da dívida mobiliária, no fim do mês de março, apresentava-se com R$ 179,5 bilhões (12,8% do total) com vencimento até o final de 2010, R$ 300,2 bilhões (21,4%) no próximo ano e R$ 920,7 bilhões (65,8%) até fim de 2012.
A dívida caiu 0,4 ponto a relação PIB, nos primeiro trimestre
Em março, o setor público não financeiro registrou déficit primário de R$ 216 milhões. O déficit do governo central foi de R$3,0 bilhões, enquanto o superávit dos governos regionais foi de R$ 3,3 bilhões. No mesmo mês as empresas estatais apresentaram um superávit de R$ 354 milhões, considerado surpreendente pelos analistas.
No ano, o balanço indica superávit primário de R$ 16,8 bi.
O governo pagou, em juros pela dívida pública, R$ 16,9 bi no mês de março. Com a Selic crescendo isso deve piorar. É muito dinheiro gasto com juros.
O Banco Central considera que os resultados não são bons, mas tenta mostrá-los como naturais uma vez que houve grande concentração de pagamentos de precatórios (R$ 6,8 bilhões) e aumento de juros, decorrente da alta da inflação. No trimestre, essa despesa aumentou 14,9%, para R$ 16,857 bilhões.
Houvesse juízo, mesmo em ano eleitoral, a questão fiscal não poderia ter sofrido agravamentos.

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