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terça-feira, 11 de maio de 2010

Dolar vem prara baixo. Opções atraem investidor

Europa mostra ao mundo a vontade de resolver sua crise
Ao anunciar o pacote de 750 bilhões de euros de socorro aos países em dificuldade financeira, a Europa, na verdade, manifestou ao mundo a decisão de preservar sua moeda e a unidade política do bloco. O resultado imediato foi desvalorização do dólar comercial. Ontem, no fechamento da moeda norte-americana foi quotada em R$ 1,777, perdendo 4% em um único dia.
16 países da Zona do Euro reunidos com o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) decidiram a estratégia de socorro aos países com problemas de natureza fiscal. O pacote demorou em excesso e colocou em risco a própria recuperação mundial. A resistência da Alemanha foi talvez o maior dos problemas enfrentados para a conclusão desse acordo. Com o agravamento sucessivo das condições econômicas, os investidores dedicaram estudar, em maior profundidade, a dimensão do problema. Como não houvesse reações por parte das autoridades monetárias, nem tampouco, uma clara manifestação dos países europeus em prestar assistência aos países que formam o núcleo da crise, os investidores, assustados, executaram estratégias defensivas, levando pânico aos mercados na 5ª. e na 6ª. feira passada. Encurralados, esses 16 países fizeram ver ao mercado que conheciam o problema e reconheciam sua magnitude. Para convencer os agentes econômicos não restou mais outra solução. Agora é quase US$ 1 trilhão à disposição dos pródigos e perdulários.
A resposta do mercado foi otimista. Até de mais, a meu ver. O mercado de opções, embora mais arriscado, atraiu os investidores. Desfizeram-se das posições e dólares, pressionando a moeda para baixo, e correram encontrar-se com riscos e ganhos bem maiores.
Tudo isso foi realmente interessante. Apenas, no prazo mais longo, remanescem problemas de natureza variada. O modelo de governança, nessa região do mundo há de ser revisto. O Leste Europeu ainda não entrou em cena com seus problemas fiscais. Os bancos financiadores desses países ainda não se encontraram com a inadimplência ou os defaults a serem causados pela mesma incapacidade dos países de leste girar suas dívidas.

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