Banner

Translate

terça-feira, 15 de junho de 2010

Alta de preços para produtores

Produtos agropecuários ainda
pressionarão a inflação
O Instituto de Economia Agrícola anunciou que o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de Maio com variação positiva de 8,66%.O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou alta de 12,18%, enquanto que o IqPR-A (produtos de origem animal) encerrou o mês com variação negativa de 0,10.
Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice, os índices IqPR e IqPR-V  (produtos vegetais) encrraram maio com crescimento de 6,78% e 13,33%, respectivamente .
Isso sugere que um mehor planejamento da atividade agrícola poderia reduzir a pressão sobre a inflação, sobretudo se fosse levado em conta a dieta das classes de menor poder aquisitivo. Essas classes são muito extensas e apresentam uma forte demanda reprimida. Se a emergência social vai continuar, seria conveniente expandir a oferta dos bens consumidos por ela. Preservaríamos os ganhos dos mais pobres e melhoraríamos a qualidade de sua alimentação, sem prejuizo da estabilidade dos preços .
Há tempo para isso, mas seria preciso agir rápido pois o grosso do plantio se dá em outubro no sul e sudeste, onde os contingentes poulacionais menos favorecidos são maiores.
Para a variação dos índices acumulados nos últimos 12 meses, os resultados mostram expressivas variações positivas para o IqPR de 29,76% e para o IqPR-V (vegetais) de 42,27%. Para o IqPR-A (animais) o acumulado fechou positivamente em 1,45%.
Feijão e amendoim foram os vilões dos últimos 12 meses. Os produtos do IqPR com as maiores altas em maio foram: laranja para indústria (68,80%), feijão (24,64%), cana-de-açúcar (11,34%), amendoim (9,05%) e leite tipo C (5,52%).
Os pomares, no ano passado, com custos pressionados pela entrada do greening e os baixos preços da laranja, estão produzindo laranjas de péssima qualidade. Por isso, os preços vêem sendo puxados pelos elevados valores alcançados pela laranja de mesa. Os preços da laranja para mesa chegaram a ser 41,1% maiores que os da laranja para indústria.
Os preços recebidos pelos produtores paulistas de feijão continuam em alta. Estoques reguladores constituem-se em estratégia fracassada. Os leilões já cairam em descrédito.
No caso do amendoim, a seqüência dos preços mais altos deriva dos impactos da redução de 22,9% da safra nacional e diminuição de quase 25% da área plantada da safra das águas. O problema é muito semelhante ao da oferta do feijão.
Os leites B e C sofrem de uma natural  redução na produção, em virtude da diminuição da qualidade dos pastos, em função do frio. Cai a oferta, sobe o preço.
Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços em maio foram: banana nanica (16,32%), tomate para mesa (11,75%), laranja para mesa (6,97%), algodão (3,81%) e carne de bovina (1,73%).
O tomate continua em queda pela entrada dos novos plantios. Os altos preços do início de março estimularam a ampliação da produção levando, na gangorra de preços, a novo ciclo de queda acentuada de preços.
Na banana, o recuo dos preços decorre do início da normalização dos fluxos do produto, tanto na colheita quanto no transporte. Chega de enchentes que reduzem a oferta e pressionam os preçõs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário