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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crédito, crescimento e inflação

Crédito cresce mesmo com elevação
das taxas de juros
O crescimento do primeiro trimestre do ano foi tão forte (9,0% anualizado) que o crédito veio junto, mesmo com a Selic crescendo. Que tal voltarmos à tese do contingenciamento do crédito? Se não contingenciarmos, a quanto teremos que elevar a taxa de juros para contermos a inflação?
O que puxa o crescimento do crédito são as modalidades onde eles estão subsidiados: crédito imobiliário, que já caracteriza bolha inaceitável, com o metro quadrado chegando a R$ 10.000,00, e o crédito às empresas, ofertado de forma direta pelo BNDES ou por meio de repasses feito pela rede bancária privada. Essa última modalidade até que faz um grande sentido, sempre que estiver amarrada à política industrial do país. Nesse sentido, o BNDES até procedeu à revisão dos critérios  para classificação das empresas, segundo seu faturamento. O conceito de médio empresa, agora, abrange aquelas organizações que tenham faturamento de 90 milhões de reais por ano. Anteriormente trabalhava-se com o limite de até R$ 60 milhões. Portanto, novas pressões expansionistas devem aparecer.
Outras modalidades que responderam pela expansão do crédito no mês de maio foram a de crédito consignado e crédito para veículos. Ambas são tidas como taxas muito baixas, quanto comparadas aos outros tipos de crédito ofertados às pessoas físicas.
Quer saber, essa brincadeira não vai acabar bem. Na primeira flutuação econômica, vamos perceber os riscos que estão embutidos nessa rápida expansão rápida do crédito. Chegamos a 45% do PIB. Melhor seria, volto a dizer, contingenciá-los.
Essa proposta que venho defendendo desde o início do ano, tem como objetivos principais: evitar bolhas especulativas, como já contece em alguns setores de nossa economia; estimular a formação da pupança individual; e preservar a saúde do sistema financeiro, evitando o crescimento da indadimplência e da insolvência.
Por outro lado, observa-se que a renda no setor industrial está crescendo aquém da produtividade, abrindo espaço para novos reajustes salariais e portanto para novas expansões no consumo desse trabalhador ou para, se estimulado, formar sua poupança e iniciar seu processo de ampliação de seus ativos. Ou seja, para seu enriquecimento pessoal e familiar.

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