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sábado, 12 de junho de 2010

Investidor apega-se à brocha

Economia mundial emite sinais divergentes
A semana foi marcada por relativa volatilidade. O Ibovespa encerrou o último pregão da semana aos 63.605 pontos, enquanto a moeda norte-americana ficou cotada a R$1,8160. De modo geral, a semana não trouxe surpresas maiores no Brasil.
Nos mercados internacionais, como de costume, as notícias se revezaram entre boas e ruins. A forte queda no índice de vendas no varejo foi desanimadora para os que esperavam uma aceleração no ritmo de recuperação dos Estados Unidos. Por outro lado, a confiança do consumidor naquele país, medida pela Universidade de Michigan, ficou acima do esperado em junho, registrando 75,5 pontos, resultado superior acima das expectativas do mercado (74,5 pontos) e acima do apurado na medição anterior (73,6 pontos). Com isso, volta certa esperança aos mercados. Na contra-mão, os estoques das empresas americanas revela uma expansão 0,4% no mês de abril, superando as previsões que apostavam em 0,5%.
A Europa não sai do lugar. Dança uma espécie de bolero brasileiro: um pra cá, um pra lá. A boa notícia veio pelas mãos da agência de crédito Moody’s. Logo de quem!
A agência divulgou nota, afirmando que os bancos europeus absorverão perdas em suas exposições aos ativos de Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda sem precisar fazer capitalizações. Pegou muito bem no mercado, mas, francamente, parece-me demasiadamente otimista.
A Ásia continua sustentando as melhores expectativas dos investidores. Entretanto, seus indicadores econômicos renovam as preocupações com o esperado aperto monetário. O CPI chines superou as estimativas, com +3,1% (anual), somando-se às preocupações sobre a possibilidade de o governo adotar medidas mais agressivas de aperto monetário. A inflação continua subindo, reforçando a tese de eventuais de aumentos nos compulsórios e de novas restrições ao crédito aos consumidores chineses.
Em meio a tudo isso, o Global 40, principal título da dívida externa brasileira, vai bem. Fechou a semana cotado a US$ 132,80. O indicador de risco Brasil, calculado pelo JP Morgan, fechou 242 pontos-base. Entretanto, no Brasil, a primeira prévia do IGP-M apresentou alta expressiva de 2,21%. Isso surpreendeu a todos, sobretudo porque a alta veio pelas mãos das matérias primas industriais. Os dados de Emprego e Salário Industrial revelaram que o emprego no setor industrial subiu 0,4% em abril. Deixa a impressão de que a indústria realmente vai acelerar a taxa bruta de formação de capital fixo esse ano. Acho que foi a melhor notícia que tivemos, embora tenha produzido uma pressão expressiva sobre a inflação.

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