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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Bomba-relógio: já era hora

Não será apenas a Hungria a quebrar
Desde o princípio do ano viemos alertando sobre o estado preocupante das economias da Europa de Leste. Ainda recentemente alertamos para as instabilidades que países como a Letônia pudessem produzir na economia européia. Afirmamos que os bancos europeus, entre eles os gregos, estão com posições fortes nessas economias e que isso seria um fator de contágio incontrolável se eclodisse em meio ao episódio protagonizado pela Grécia.
A Hungria poderá ser apenas a primeira peça do dominó a cair. O contágio virá novamente pelas mãos do sistema financeiro. A história é a mesma: o governo escondeu a verdadeira dimensão do déficit fiscal do país que, de fato, poderá ser o dobro do que era conhecido.
Nos EUA, os dados de emprego decepcionaram. O setor privado criou 41 mil postos de trabalho. Esperava-se 180 mil.
As bolsas americanas e européias, sem exceção vieram para baixo. As da Ásia mantiveram-se estáveis, pois atuaram ainda sem as notícias sobre os eventos do leste europeu. Hoje, segunda-feira, certamente essas novas informações devem mudar o humor dos mercados asiáticos.
No que devemos estar de olho nessa semana?
Na Europa, para a velocidade e a extensão do contágio húngaro no sistema financeiro.
No Brasil serão divulgados o PIB do 1T10, o IPCA de maio e a decisão do COPOM sobre a taxa básica de juros. Ainda estarão sendo publicados outros indicadores de inflação (IPC-Fipe, IGP-M e IPC-S). Por fim, duas outras notícias passam a ser importantes diante do novo episódio húngaro: a balança comercial de maio e a pesquisa industrial mensal. Sobre esses indicadores internos é esperado que sejam confirmados o desaquecimento da economia, a redução, ainda que moderada, da inflação e a recuperação dos fluxos comerciais e financeiros. Mas não podemos ser otimista com o COPOM. Ele deverá vir com pelo menos 0,75% de aumento na Selic.
Nos EUA, são esperadas notícias sobre os estoques de Petróleo. Não devem surpreender. Teremos ainda anunciadas as medições dos estoques no atacado de abril, crédito ao consumidor e vendas no varejo, tudo seguido pelo anúncio do índice de confiança da Universidade de Michigan. Finalmente,  a divulgação do livro bege.

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