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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Bolhas se furam com agulhas

COPOM, de agulha na mão, avança sobre a bolha de crescimento
Foi de 9 % o crescimento do PIB no primeiro trimestre desse ano. Não há como imaginar a permanência de taxas como essa na economia nacional. Ela está bem acima do potencial de crescimento do país e conduziria a desestabilização da moeda. O remédio mais rápido, nesse caso, é o mais amargo: subir a SELIC. Todos já se resignaram. Tanto é que a curva de juros futuro, ontem, já antecipou a alta. O COPOM, na reunião de hoje, deve subir a SELIC, no mínimo, mais 0,75 ponto, atingindo os dois dígitos, 10,25% ao ano.
Vale lembrar que essa tarefa não é tão fácil, nem tão rápida. A economia já está contratada até o final do ano e o mercado de trabalho segue  em ritmo forte. As importações cresceram 13%, enquanto as exportações apenas 1,7%, no comparativo trimestral. Isso significa que as expectativas para o crescimento do consumo nacional mantém-se em patamares elevados.
Quer saber? O COPOM deveria "mandar ver" agora e subir a Selic 1 ponto percentual. O recado seria mais definitivo. Sinalizaria para a ação e não para a reação. Junto com isso, mostraria pro atividade se contingenciasse, seletivamente, o crédito no país. A expansão do crédito tem sido a maior responsável pela criação de  bolhas em nossa economia. Veja-se o setor imobiliário. Vamos deixar "correr frouxo" o metro quadrado cheganco a R$ 10.000?

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