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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Web TV : a nova rainha do lar?

Mudanças nos hábitos de mídia
Nas décadas de 60, 70 e 80 era comum encontrar na sala de visitas (o espaço de convivência da casa) uma tela de TV. Este comportamento foi se invertendo com a proliferação de aparelhos nos domicílios. Cada dormitório passou a ter sua própria TV.
Há agora a possibilidade se fazer a integração entre a TV e a WEB. De olho nisso fabricantes e provedores buscam parcerias para disputar a audiência. E existem duas ótimas razões para isso: a penetração de TV aberta nos domicílios é 97% e de acesso a WEB é 48 %. Sendo que 33% dos domicílios têm acesso por banda larga. TV ABERTA e a WEB parecem claramente dominar o cenário nos próximos anos, possivelmente em formatos diferentes do que conhecemos.
Vamos por um instante ser otimistas e imaginar que a conexão de boa qualidade seja uma realidade em 3 anos. Qual o impacto? Assistir TV no computador será tão fácil quanto hoje é numa TV aberta. A NIELSEN informa que o brasileiro já gasta mensalmente 43h em frente ao computador contra 129 h assistindo TV... Existe, portanto um gradiente interessante de audiência entre esses meios...
A interface para a WEB TV é ainda um pouco mais complicada que o controle remoto da TV aberta – O GOOGLE TV necessita de um teclado especial. Mas isso não é impeditivo para os nativos da WEB que cresceram tendo um teclado como extensão das mãos.
Estimativa da Associação Nacional de Produtos Eletrônicos prevê 1 milhão de TVs WEB até o início de 2011. Parece pouco num parque instalado de 98 milhões, mas temos que considerar que a WEB TV tem menos de um ano no Brasil.
Esse cenário muda radicalmente os modelos de negócios pensados para a TV ABERTA, pois a WEB TV exigirá conteúdos com características adequadas para o meio, uso de interatividade e outra forma de comercializar espaços. O conceito de “horário nobre” tende a se diluir. O horário nobre pode ser aquele que o usuário achar conveniente. Será o CRM dos programas de TV.
As emissoras cobrem de sigilo suas estratégias sobre o assunto, mas é claro que já estão pensando em novas fórmulas. A evolução de seus modelos de negócios será uma necessidade, empurradas por seus anunciantes e usuários.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br

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