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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Marketing infantil

É preciso entender a criança
Subestimar ou superestimar os elementos do aprendizado infantil pode nos conduzir a erros na comunicação com esses consumidores futuros. Marcas fortes poderiam ser construídas ainda na infância. Como todo símbolo, as marcas são elementos representativos da empresa ou de seus produtos e, portanto, carregam seus valores e suas promessas. Mais do que isso, portam significados simbólicos com os quais crianças e adultos representam, para si mesmos, a própria empresa ou seus produtos. Marcas podem diferenciar as empresas ou se constituírem em verdadeiras vantagens competitivas sustentáveis para as organizações. Seus valores monetários são expressões dessa realidade intangível que subsiste como conceitos notáveis em cada consumidor.
Especificamente entre as crianças, é preciso respeitar suas possibilidades de abstrair elementos empíricos da realidade observável e de transformá-los em idéias e conceitos capazes de representar os objetos apreendidos pelos órgãos do sentido, por meio de significados simbólicos. Os significados são os produtos finais do processo de abstração e podem determinar comportamentos em relação às marcas. 
A capacidade de abstrair, enquanto processo mental, estará disponível à criança por volta dos seus sete anos de idade. De fato, ainda que não totalmente conhecido, o processo de abstração remanescerá dependente de elementos necessários à cognição como, por exemplo, a maturidade do sistema neurológico, que apenas se completará, para esse fim, nessa idade. Antes dos sete primeiros anos, será necessário apelar para técnicas associativas, que possam conotar marcas e produtos com os elementos afetivos desejados e definidos pelos esforços de marketing.
Prescritivamente, a melhor teoria sugere o uso dos chamados recursos de animação. Em outras palavras, são os personagens dos desenhos animados, muito próprios para o desenvolvimento de pequenas histórias nos comerciais e muito aptos ao uso do humor. Tratam-se de endossantes, facilmente reconhecidos por crianças, e cujos aparecimentos constantes, com a repetição das peças, pode levar à memorização das marcas e às associações afetivas desejadas.
As regras mais básicas para o desenvolvimento e a produção desses personagens passam pela simplicidade do desenho e da história, pelo uso de  cores fortes e vivas e pelos elementos afetivos com os quais se quer conotar a marca o produto.
Voltarei a esse assunto com duas postagens complementares, pois novas oportunidades estão se abrindo na mídia online para as crianças.

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