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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Consumo e inadimplência

Aumentos exuberantes no consumo,
no crédito e na taxas de juros
formam uma mistura explosiva.
Em postagens anteriores afirmei que as compras excessivas do final do ano de 2009 e as do início desse ano comprometiam o orçamento das famílias até o Natal de 2010. Os dados pesquisados pela FRACTAL, junto a uma amostra de famílias na Grande São Paulo mostravam que a inadimplência cresceria entre junho e julho de 2010.
Não deu outra. A Serasa Experian mostrou ter havido alta de 1,5% neste período. Na comparação entre julho de 2009 e julho de 2010, a elevação foi de 3,9%.
As famílias comprometeram suas rendas com a oferta abundante de crédito e com as fartas promoções no varejo. O governo adicionou a isso duas novas componentes: a dos incentivos fiscais, que isentou de IPI produtos da linha branca, dos mobiliários e dos veículos e, por fim, suas sucessivas altas das taxas de juros, cujos efeitos são velhos conhecidos nossos.
Nada a criticar. Os incentivos fiscais faziam parte de uma inteligente e oportuna política anticíclica. Os juros sempre foram a forma mais rápida e eficiente para deter o crescimento dos preços que, àquela altura, fugia por entre os dedos das mãos das autoridades monetárias.
O resultado é que, desde março, o endividamento cresce e, para a Serasa a inadimplência deve continuar crescendo até o fim do ano.
As dívidas com os cartões de crédito são sempre as causas maiores do crescimento da inadimplência. Cresceram 4,4% entre junho e julho. Pobre consumidor.
Vem agora a Equifax e põe lenha na fogueira. Informa que, no mês de julho foram registrados 179.422 títulos protestados emitidos por pessoas físicas no Sudeste. Isso significa um aumento de 3,90% em relação a junho.
Serasa-Experian, Equifax e Fractal parecem concordar que crédito excessivo reduz a qualidade das carteiras dos emprestadores. E que essas carteira podem explodir com o aumento do consumo e do juros.

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