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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Resenha da semana

Aproxima-se uma nova encruzilhada para as decisões macroeconômicas
O Ibovespa fechou em 66.677 pontos. O dólar valorizou-se um pouco e fechou a semana em R$ 1,7590/ US$ 1,00. Não está mau. Considerando a redução do crescimento chinês, principal motor da economia mundial depois da desaceleração da recuperação norte-americana, o mercado brasileiro continua firme. O IPCA-15 aponta deflação de 0,05% nesse mês de agosto. Essa deflação reflete as altas das taxas de juros, hoje despropositadamente alta, com seus efeitos cruéis sobre os investimentos nacionais.
Entretanto, não se deve alimentar espectativas falsas. A demanda continua muito forte, obrigando as empresas a operar próximo aos níveis de suas capacidades instaladas. Portanto, podemos esperar por pressões inflacionárias vindas de, pelo menos, três vertentes diferentes: infra-estrutura exaurida, escassez de mão de obra qualificada, excesso de oferta de crédito. Isso quer dizer que estamos muito perto da exaustão dos intrumentos de política monetária. Para o bem e para o mau, teremos que começar a pensar em correção dos elementos da política fiscal. A taxa de câmbio, por sua vez, também já deu o que tinha que dar, em termos de combate à inflação.
Essas últimas marcam o encontro do Brasil com sua realidade. Já reconhecemos todas essas dificuldades e já conhecemos as soluções. Ao próximo governo caberá decidir se vamos implementá-las ou se vamos passar ao largo delas, para atender objetivos políticos de partidos ou interesses econômicos de grupos privados. É hora de decidir.

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