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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

OMC tem que se manter alerta

O esforço pelo livre comércio pode sofrer recúos
Começa aparecer em algumas ao redor do mundo, mesmo em algumas mais avançadas, uma nova tendência para tributação de produtos primários. A nova prática tem sido explicada pela necessidade dessas economias de recompor suas contas públicas, abaladas pela recente crise financeira mundial. Carvão, minério de ferro, petróleo, gás, carvão, cobre, estanho são os produtos mais visados por essa penalização tributária. As razões alegadas têm naturezas diversas. O Chile alega a necessidade de obter recursos para a reconstrução das áreas atingidas pelo recente terremoto. A India e a China tributam as exportações de commodities sob o pretexto de garantir o fornecimento interno. A Rússia, pelo mesmo motivo, taxou as exportações de petróleo. Na Austrália, o governo afirma ser preciso ampliar a arrecadação para dar conta dos passivos existentes no fundo de aposentadoria estatal (Deus, se essa moda pegar no Brasil, estamos fritos).
No longo prazo, a produção das commodities pode sofrer reduções pela alta de seus preços. Pior, os investimentos nessas áreas devem minguar. O quadro pode se agravar ainda mais no momento em que a recuperação mundial se consolidar e a demanda munidal retomar seus níveis pré-crise.
Pobre OMC. Luta para reduzir as tarifas mundiais, enquanto seus próprios membros decidem em sentido contrário.

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