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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O câmbio mais uma vez

Governo não quer valorizações do real
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reagiu. Quer evitar uma forte valorização do real. "Com a economia sólida era inevitável que ele se valorizasse até certo ponto, porém não podemos permitir exageros".
Ministro, aviso-o de que vão interpretar suas declarações como um novo confronto com o Banco Central.
Lembro que o ministro é economista. Não engenheiro. O ministro reconhece existir uma tendência de desvalorização das moedas em vários países. "O dólar, o iene e o euro se desvalorizaram. Isso traz uma desvantagem comercial muito grande".
Está certo o ministro! Parece natural que haja uma certa valorização, afinal ela decorre do regime adotado pelo Brasil de câmbio flutuante. Mas, o que pode ser admitido é apenas ”uma certa valorização” e não os abusos especulativos.
Lembro, ainda, que essa briga o ministro não ganha. Terá que conceder, negando suas convicções pessoais. Para defender-se, será melhor atacar a subvalorização da moeda chinesa. No Brasil, o câmbio segura a inflação. A mesma inflação que a política fiscal alimenta. E a desculpa será a de que tudo dependerá da dinâmica do mercado cambial internacional.
Banco Central, sem apoio da política fiscal, vai ter que deixar o real nas alturas. E como só isso não basta, o juros terão que ficar em patamares elevados. Já vão lá mais de 16 anos trantando de todos os fundamentos econômicos, exceto dos problemas de política fiscal.

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