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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Bacen prevê 5% para ocrescimento do PIB 2.010

Otimismo contamina o Banco Central
A depender do Banco Central o crescimento do Produto Interno Bruto, para 2010, será de 5%.
Em relação a 2009, a previsão foi reduzida de 0,8% para 0,2%. Para o último trimestre desse ano, o Bacen espera uma nova aceleração do crescimento, em relação ao trimestre anterior, "movimento associado ao reequilíbrio dos estoques, que se reduziram por quatro trimestres consecutivos, à continuidade do crescimento do emprego e da renda e aos efeitos defasados da flexibilização das políticas monetária, fiscal e creditícia".
O relatório da instituição insiste no fato de que o crescimento do PIB deverá refletir a ocorrência de desempenhos favoráveis em todos os setores da economia.
A expansão da atividade agropecuária está estimada em 3,7%. O setor industrial deverá crescer 7,6% em 2010, sobretudo puxado pela expansão de 8,8% projetada para a indústria de transformação. A indústria da construção civil crescerá 6,4%, favorecida pelo ambiente de retomada dos investimentos e pela continuidade das obras no âmbito de programas governamentais específicos. A estimativa de expansão da indústria extrativa mineral, refletindo os impactos do maior dinamismo da economia mundial sobre os segmentos petróleo e minério de ferro, atinge 6,4%, enquanto a produção e distribuição de eletricidade, gás e água deverá aumentar 4,8%, no ano. O crescimento de 5% estimado para o setor de serviços incorpora as projeções de crescimentos para os segmentos intermediação financeira, 7,2%, beneficiado pela continuidade de expansão do crédito; comércio, 6,5%, e transporte, armazenagem e correio, 6,4%.
Do lado da demanda, o governo estima crescimento anual de 6,1% para o consumo das famílias. Enquanto isso, os investimentos deverão expandir 15,8%, em 2010. E a expansão anual do consumo do governo foi estimada em 2,9%.
É de estranhar que o Banco Central não tenha feito avalições sobre o potencial de crescimento do país e se suas estimativas estão compatíveis com esse potencial. Otimismo pode cegar.
Também estranho a ausência de previsão sobre a pupança pública e privada do país. Com esses dados poderíamos afastar todas as teorias conexas a da do "vôo de galinha". Também senti falta de previsões sobre o influxo de capitais. Sobre esse último item, poderíamos entender melhor as expansões previstas, por meio das estimativas do IED. Também é de se estranhar que o guardião da moeda não tenha se incomodado com a entrada de dólares no país. Mas, sinceramente, omissões à parte, as previsões do Banco Central parecem muito razoáveis, apenas um pouco otimista para vir de quem vem. Na sua natureza, o Banco Central necessariamente deveria ser mais contido em suas manifestações. Elas exacerbam as expectativas dos agentes.

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