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sábado, 12 de dezembro de 2009

Consumidores velhos e seus novos comportamentos

Perplexidades atuais sobre novos comportamentos incorporados
às decisões de compras

Não se deveria estar perplexo com nossos consumidores. Eles, agora, como no passado, tentam maximizar os benefícios auferidos para cada unidade monetária despendida no seu consumo. Na microeconomia, utilidade sempre foi o nome desse jogo nos estudos sobre o consumidor. A mudança se deu foi no marketing. O consumidor introduziu tecnologia em seu processo de compra. Sua atividade de busca de informações tornou-se muito mais fácil e rápida. O consumo de tempo e dinheiro na obtenção de informações reduziu-se muito. Também as avaliações referentes ao pré e ao pós compra não estão mais dependentes apenas das experimentações pessoais e da lenta propagação das informações pela mídia boca a boca.
É verdade que nada substitui a loja no contato com o produto, na sua gratificação imediata da compra, no atendimento pessoal (quando esse é bom) e no desfrute do ambiente de compra, que pode associar-se à recreação, entretenimento e outros aspectos sociais. Mas, o comércio eletrônico tem trazido maior conveniência e facilidade ao ato de compra. Tem dispensando idas ao ponto de venda, esperas em filas e as tensões próprias das lojas cheias e mal localizadas, iluminadas, climatizadas, desprovidas de estacionamentos. Mais do que isso, o comércio eletrônico é uma fonte muito rica de informações e que pode se tornar ainda melhor, se o consumidor recorrer ao chamado comércio social. Utilizar redes sociais dá a esse consumidor todas as informações necessárias as suas decisões. Informações sobre o produto, seu desempenho, qualidade, preços, usos e benefícios. As comparações com produtos sucedâneos e concorrentes estão facultadas. Eis com o os riscos percebidos e as dissonâncias cognitivas podem surgir, desaparecer, agravarem-se ou reduzirem-se. Tudo à base do melhor compartilhamento de informações que, emitidas de forma completamente espontânea, tornam-se críveis como nenhuma outra que lhe possa chegar.
A mudança deu-se no campo do marketing. É bem o momento de repensar nossa teoria, não porque, necessariamente, tenhamos que mudá-la ou avançá-la. Mas, talvez porque ela possa explicar mais e melhor os comportamentos novos. Certamente teremos que mudar nossas estratégias para alcançar esses novos consumidores. A transformação está só no começo. Logo teremos o comércio móvel se intensificando e a chegada do comércio via TV digital. Há grandes desafios, mas não há razões para perplexidades ou alarmismos inúteis. Vamos apenas mudar.

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