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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Os novos dados dão idéia do acerto e não do erro do governo central

Inadimplência maior não assusta
e também não pode ser criticada
O total de famílias inadimplentes na cidade de São Paulo teve forte elevação no início de dezembro. No mês de passado, a Fecomercio registrava que 14% das famílias apresentavam algum tipo de atraso em seus pagamentos. No início de dezembro, esse total passou para 20%. Em dezembro de 2008, o índice era de 15%.
Em linha com esse anúncio, a Equifax já havia anunciado que entre outubro e novembro deste ano, o número de cheques devolvidos havia aumentado 4,29%. Na comparação, por dias úteis, os resultados de novembro de 2009 foram 9,50% superiores aos do mês de agosto.
O volume de títulos protestados também registra um aumento de 17,68% em relação a outubro.
Esses dados certamente estão refletindo alguns movimentos de passado muito recente e não precisam provocar maiores receios. O crescimento do comércio pode explicar parte dessas altas, mas, certamente, o aumento do crédito explica melhor. Estamos ultrapassando os 50% do PIB, já, já. Muito do crédito deferido, nesses últimos tempos, obedeceu à lógica das políticas anticíclicas. Ou seja, os critérios de aprovação foram abrandados para garantir o consumo interno. A grande parte desses empréstimos foi oferecida por entidades governamentais. Por isso as instituições financeiras governamentais ganharam tanto share em relação às particulares. Vejam aonde a coisa foi parar. Com crédito não se brinca. Os resultados financeiros dessas instituições vão acusar o golpe no final do trimestre.
Pergunto: seria essa a razão da iniciativa privada não acompanhar a expansão das públicas no crédito? Fica alguma dúvida a esse respeito? Agora, o cidadão inadimplente negociará com as instituições estatais. Irônico, ou não? Coisas da necessidade de combater os efeitos recessivos do cíclo econômico atual. Portanto, nada a criticar.
Por fim, não há que se alarmar com nada disso, pois o 13º procederá aos ajustes necessários e tudo ficará como “dantes no quartel de Abrantes”. São as peculiaridades da economia machadiana.

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