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domingo, 6 de dezembro de 2009

A nova estrutura de pensamento para precificar o mundo

A lógica dos analistas econômicos
antecipa-se aos fatos e determina
novos níveis de preços dos ativos
Pensamento 1: Os preços do petróleo, em queda no mercado internacional, decorrem da valorização do dólar frente a outras moedas. Isso reduz a demanda pela matéria-prima.
Pensamento 2:  A valorização do dólar foi motivada pelo desempenho do mercado de trabalho norte-americano. O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou corte de apenas 11 mil postos de trabalho no mês de novembro e a taxa de desemprego caiu para 10% no mesmo período.Esses números mostram uma reação inesperada da economia nos USA.
Pensamento 3: Os dados sobre emprego aumenta a probabilidade do Federal Reserve elevar a taxa básica de juros. E bem antes do que se supunha.
Pensamento 4: A Europa comemorou a alta do dólar (isso melhora suas exportações) e a queda do petróleo (ela é dependente dessa matéria-prima). Suas bolsas subiram.
Pensamenteo 5: O receio da alta dos juros americanos derruba Ibovespa em 1,04%. A redução dos preços das commodities (petróleo entre elas) reforçou a queda.
Pensamento 6: Com juros maior nos USA, o fluxo de dólar para o Brasil é menor. Com preços das commodities em queda, as exportações brasileiras se reduzem e, com elas, as entradas de dólar no país também serão reduzidas . O resultado foi a moeda americana em alta, fechando próxima de R$ 1,73.

Pensamento 7: Brasil terá que antecipar uma elavação da Selic. O mercado de juros futuros fechou apontando para novas alta. O DI, com vencimento em janeiro de 2011, projetou taxa anual de 10,44%, ante 10,41% do ajuste anterior.
Todos os preços refletem uma visão de recuperação mundial e trazem os ativos a novos níveis de preços. Agora, podemos imaginar que essa recuperação realmente aconteça e, nesse caso, há que pensar em uma demanda mais forte por petróleo. Seus preços tenderão a subir e o dólar começará a sofrer novas pressões altistas. Também convém reforçar a idéia de uma eventual alta dos juros nos USA e no Brasil. O mercado interno brasileiro, sustentado pelas rendas baixa e intermediária e pela expansão do crédito, vai acusar o golpe. Pelo menos, em alguma medida. Barbas de molho, outra vez.

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