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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Práticas intenacionais que merecem reparos

O Up and Down não obdece às forças
do mercado.
É instável, caro e vende-se em barris de 159 litros. Ultimamente o preço do petróleo voltou a subir. É o índice de mercado mais volátil e embute, para os investidores, talvez, um dos maiores riscos. Os analistas prevêem, quase que consensualmente, uma tendência para o preço do petróleo: Up!
O barril de Brent vale atualmente perto de US$ 80,00. Há 12 meses, o preço era 77% mais baixo do que é agora. Para os analistas do Barclays Capital a escalada continuará, pelo menos, até o final do ano, aproximando-se do patamar dos 90 dólares.
As variáveis que afetam, direta ou indiretamente, o preço do petróleo, são muitas, Entretanto, algumas mercem nossa maior atenção:
1)- A OPEP
Criada em 1960, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, reunindo alguns dos países com maiores reservas de petróleo no mundo, não hesita em elevar o preço do petróleo, lembrando que ainda há pouco tempo estivesse: em dez dólares. Atualmente os membros da OPEP são países: da África – Líbia (desde 1962), Argélia (1969), Nigéria (1971) e Angola (2007); da América do Sul – Venezuela (1960) e Equador (1973); do Médio Oriente – Arábia Saudita (1960), Irã (1960), Iraque (1960), Kuwait (1960), Qatar (1961) e Emirados Árabes Unidos (1967).
A estratégia é conhecida. Quando o preço do barril desce significativamente, como aconteceu em 2008 com a crise mundial, a OPEP corta uns quantos milhões de barris na produção e, consequentemente, a procura passa a ser maior que a oferta, recuperando seus níveis de preço.
Neste momento, a produção dos 12 membros situa-se na casa dos 27 milhões de barris por dia. Mas, é bom salientar que não são apenas os membros da OPEP que têm capacidade para influenciar o preço do petróleo. A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e não pertence à OPEP, assim como o México, a Noruega ou mesmo o Azerbeijão e, mais recentemente, o próprio Brasil, todos eles possuidores de amplas reservas da matéria prima.
2)- O PIB é outro dos players no negócio
Como vimos não é só a OPEP que tem influência nos preços do petróleo. No relatório do Barclays Capital, a evolução do PIB mundial é quem mais tem influenciado e irá continuar a influenciar a cotação desse produto.
Em Março o Departamento do Trabalho do Governo dos EUA informou que a economia norte-americana tinha perdido menos empregos que o esperado, indiciando a possibilidade de recuperação econômica. Rapidamente, os investidores apostaram suas fichas no petróleo, movidos pela expectativa de que uma melhoria no mercado de trabalho pudesse levar a gastos mais altos dos consumidores.
3)- A problemática das reservas
Não é novidade que o petróleo é um produto não-renovável, e um dia vai acabar. Por outro lado, em termos de custos de extração, o petróleo que se extrai primeiro é o mais barato. Depois disso, é necessário investir fortemente para conseguir retirá-lo de seus reservatótios mais profundos.
4)- Instabilidade política, segurança e fenômenos naturais:
Outros fatores que influenciam seu preço estão associados ao nível de segurança dos países produtores, bem como a alguns fenômenos naturais e à instabilidade política de algumas regiões no mundo. A indústria petrolífera e os oleodutos na Nigéria e no Iraque, por exemplo, são alvos de frequentes ataques. Maremotos, furacões e outros fenômenos naturais, de características sazonais, prejudicam o ritmo da produção do óleo cru, levando à interrupção da produção. Por fim, há de se considerar a permanente instabilidade a que se submete quase todo o Médio Oriente.
É possível admitir variações de preços, mas sua manipulação é inaceitável. No novo modelo de governança mundial, já não é hora de pensarmos para além do sistema financeiro. Que tal regulamentarmos também a energia? E as telecomunicações, por que não? 

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