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sábado, 25 de setembro de 2010

Por um câmbio justo

O Fundo Soberano segurará
a valorização do real,
apenas no cuto prazo
O governo decidiu usar o Fundo Soberano do Brasil para comprar dólares e conter a valorização do real. A intervenção do Fundo reforçará apenas no curto prazo a atuação do Banco Central no mercado de câmbio. As compras adicionais de moeda estrangeira ampliam a dívida federal, uma vez que obriga a emissão de títulos governamentais para as operações no mercado cambial.
O Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização, onde está aplicado o dinheiro do Fundo Soberano, só dispõe de cerca de R$ 18 bilhões. Esse valor será consumido muito rapidamente. Coisa de duas semanas, no máximo. A operação da Petrobras mostrou o apetite dos investidores. As apostas no mercado financeiro levarão a maiores pressões altistas.

Normalmente os Fundos soberanos são sustentados com superávits fiscais e com expressivas reservas cambiais. O Brasil não apresenta superávit nominal. Superávit nominal implica a cobertura do serviço da dívida. E mesmo na hipótese de que o governo alcance esse superávit, deveria prioritariamente usá-lo para pagar, pelo menos, uma boa parte de seus compromissos, reduzindo a dívida interna. Estaria aberto o caminho por onde trilhariam a queda dos juros e a desvalorização do real. Juros mais baixos reduzem o apetite dos capitais especulativos e sugerem investimentos no setor privado. Que tal essa sugestão? Não é nova e nem minha, cetamente.

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