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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Caminhando contra o vento

A Nova Classe Média: o Lado Brilhante
dos Pobres
Esse é o nome da pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Sociais da Fundação Getúlio Vargas e publicada como um balanço final do esforço distributivista dos últimos sete anos. Foi entusiamante conheceer seus resultados e, mais ainda ouvir os comentários do Professor Neri.
Conheçam o professor

No critério do Centro de Estudos Sociais da FGV, classe é fenômeno relacionado aos ganhos mensais das famílias. Nesse critério, tem-se que:
Classe E correponde às famílias com renda inferior a R$ 705
Classe D, famílias com renda mensal entre R$ 705 e R$ 1.126
Classe C, corresponde às famílias que tenham renda mensal de R$ 1.126 a R$ 4.854
Classe B, às famílias com renda mensal de R$ 4.854 a R$ 6.229
Classe A corresponde àquelas famílias com rendimentos superiores a R$ 6.229
A propósito, a linha da pobreza está definida pela renda familiar mensal de R$ 144, tudo segundo o critério da FGV que, aliás, parece muito razoável.
Os egípcios tinham critérios diferentes. Vejam.

Claro que seria interessante, para classificar famílias pela renda, sempre dizer de quantos membros essas famílias se compõem. Mas, deixemos à margem coisas menores. O que importa são o achados da pesquisa.
A classe média era, há oito anos, 37% da população brasileira. Hoje é mais de 50%. Isso, principalmente, explica o crescimento nacional.
Com os sucessivos aumentos de renda, as classes mais pobres passaram a representar percentuais da população menores. A classe E, hoje, é composta por 28,8 milhões de pessoas.
As classes A e B também cresceram. A Classe A é atualmente 0,18% de toda população e a Classe B, 3, 49%.
A renda média do trabalhador brasileiro também cresceu em 2,0%, durante 2009. O crescimento do PIB, com se sabe, ficou perto de zero. Considerados os últimos sete anos, o trabalho da FGV revela que 29 milhões de brasileiros ascenderam para a classe média, o que corresponde à expansão dessa classe de 34,3%. Para a classe A e B, no mesmo período, migraram 6,6 milhões, correspondendo a uma expansão de 39,6%. Perto de 20,5 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza para trás.
Todas as razões podem ser argüidas para isso, entretanto, uma deve ser reconhecida: houve uma disposição política para diminuir as desigualdades sociais que tanto atormentou as gerações que vieram após os anos 60. Continuar nesse caminho construirá um grande mercado. Uma grande nação exige reformas mais profundas. Exige também ampla melhoria do quadro institucional brasileiro. Esses são os próximos passos.

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