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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em matéria de emprego “não tem prá ninguém”

Quase 300 mil novos empregos,
só em agosto.
E de carteira assinada!
Foram gerados no país, no mês de agosto, 299.415 novos empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. Durante o ano de 2010, até agora, o Brasil gerou 2.269.607 empregos formais. Não se trata só de um recorde histórico. Trata-se de uma conquista social e econômica das mais significativas.
Aumento da renda, do consumo, abundância de crédito e investimentos públicos e privados explicam os resultados. Medidas expansionistas e um arrefecimento na política fiscal estão também na base de todos os demais fatores.

Para se ter certeza dessas afirmações é só observar os setores que criaram os maiores números de empregos: comércio, construção civil, indústria extrativa mineral e serviço industrial de utilidade pública.
Serviços produziram 128.232 novas vagas. Aí estão incluídos os serviços de comércio e administração de imóveis, serviços de alojamento e alimentação, ensino, serviços de transporte e comunicação e serviços odontológicos. Tudo muito ligado ao consumo dos mercados de rendas baixa e intermediária, em forte expansão no país.
A construção civil, em decorrência da bolha imobiliária, criou 40.138 novos empregos. O Comércio também foi destaque. Comércio varejista e comércio atacadista criaram 65.083 vagas celetistas novas. Extrativismo mineral e serviço de utilidade pública criaram, respectivamente, 1.704 e 2.626 postos e, finalmente, a indústria de transformação respondeu pela geração de 72.168 novas vagas.

O crescimento do emprego nesses setores específicos guarda forte associação com as políticas de investimentos privados e governamentais. Os setores da indústria que mais receberam investimentos nos últimos anos foram praticamente os mesmos: indústria metalúrgica, de material de transportes, mecânica, minerais não metálicos, papel e papelão e madeira e mobiliário.

Se servir de lição, o recado desses números sugere que o nível de emprego pressupõe investimentos consistentes ao longo do tempo. Para isso, o comportamento da demanda interna tem sido realmente muito importante, mas é preciso voltar aos bons hábitos de redução de gastos e ampliação da poupança, publica e privada. Não é só o governo que deve cuidar de suas contas. Aliás, bem ou mal ele tem feito a sua parte. E a poupança privada, quando vai começar a crescer?

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