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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Chineses começam a frustrar expectativas estrangeiras

Capitalistas descobrem que a China
não é liberal.
A Câmara de Comércio Européia, na China, lançou dias trás, um relatório contundente sobre o protecionismo estatal do país, que impossibilita a livre concorrência em território chinês.
O relatório tem quase um tom de denúncia, apontando o descumprimento de regras do Direito do Comércio Internacional e de violação das diretivas da OMC. Os comentários centram-se na falta de proteção aos direitos de propriedade intelectual e no desrespeito às aplicações de leis ambientais. Certificações compulsórias, por sua vez, exigidas sempre além dos limites mundiais aceitos e outros requerimentos de negócios continuam a limitar as ações de empresas estrangeiras naquele território.
O mais curioso nesse momento é a identificação de vazamentos de informações confidenciais para concorrentes chineses, seja em projetos, seja em outras documentações exigidas nos trâmites burocráticos governamentais, para aprovação da atividade econômica da empresa estrngeira no país. Em relação a isso tudo, a Embraer, de forma discreta, faz coro e arrefece lentamente seu interesse pela China.

Bom, já era hora de empresários europeus e americanos acordarem. Lá, não se deveria entrar com muito dinheiro, nem com tecnologia avançada. Não deveríamos nos deslumbrar com o crescimento da receita e do lucro imediatos. Isso é próprio da geração de gestores que quebraram os mercados financeiros mundiais. Será que julgam estar trabalhando em país democrático, com instituições já amadurecidas?
Ao contrário, a tradição é imperial e o estado está em mãos do Partido Comunista. O estado é o partido, e o partido é o estado. Partido ou estado, tanto faz, será invariavelmente corrupto, burocrático e aparelhado. Militantes por natureza, os chineses não abrirão o país para o mundo, como querem os ocidentais. É hora de rever seu papel na economia mundial. Dispensar-lhes um tratamento diplomático mais cerimonioso e distante, privado das honrarias e das concessões jurídicas e financeiras, com que os Estados Unidos e a Europa trataram esse país nos últimos anos.
O problema chinês, no fundo, é apenas cultural. Veja a foto. Lembram-se?

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