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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Comércio exterior brasileiro

Câmbio e damanda interna:
uma mistura explosiva
O relatório da OMC aponta um aumento de 56% das importações brasileiras, no segundo trimestre, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As exportações cresceram apenas 29%. São efeitos provocados apenas por um real sobrevalorizado, pelo influxo de capitais especulativos?
O crescimento das importações, de janeiro a julho, foram “puxadas” pelo setor de material elétrico de instalação, refletindo o crescimento do mercado da construção civil brasileira. Componentes elétricos e eletrônicos também foram destaques, expressando o avanço das indústrias de telecomunicações e de informática.
O crescimento das exportações continua muito associado aos produtos básicos. Mas, convém fazer ressalvas aos críticos da política industrial brasileira que, como eu, deixam de apontar os lados positivos dessa história. Vejam:
1) A produção industrial brasileira, de junho a julho, cresceu nos estados mais industializados do país.
2) Em muitos setores, a importação de componentes permitiu o crescimento das exportações de produtos dinâmicos. É o caso das telecomunicações e de algumas áreas do setor de informática.
3) Em outros casos, quem destimula as exportações é a propria demanda interna que, embora menos ávida, continua pressionando preços e atraindo a indústria nacional. Pela mesma razão, provoca o aumento generalizado das importações.
O diabo da economia é que ela tem sempre dois lados.

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