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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Governar por decreto

Um velho hábito tupiniquim entra
em cena nos Estados Unidos
Foi por decreto, ou quase isto. Instituição norte-americana decretou o fim da recessão nos Estados Unidos. Acabou, e ponto final.
Segundo a NBER, a recessão tem sua certidão de nascimento, datada de dezembro 2007 (não precisou o dia). A certidão de óbito vem com a data de junho de 2009. Segundo os especialistas da entidade, foi a mais longeva, desde a 2ª guerra mundial.
É que fica difícil acreditar que a recessão acabou, se o consumo não se recupera e a deflação é um risco eminente. Mais difícil ainda, se olharmos o tamanho do problema fiscal aberto pelas medidas governamentais com o sentido de evitar o caos econômico naquela ocasião. Deixo à margem o problema externo. Seria excesso de zelo.
Parece mesmo que a expedição do óbito deu-se antes do falecimento efetivo. A contadição está no fato de que o "de cujus" ainda respira.
Não importa, o mercado se animou. Bolsas européias e americanas, entre elas a brasileira, foram para cima. O mais empolgante foi o giro na Bovespa de R$ 9,02 bilhões. Subiu 1,64% e ultrapassou os 68 mil pontos.
A partir de amanhã começarão as publicações dos índices da inflação brasileira. Dependendo do comportamento dos preços e do que venha pela frente, em termos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, pode-se esperar por um reforço desse momento altista. Mas ainda é cedo para concluir sobre isso. Afinal, o problema mundial continua muito grande e não há no horizonte, de curto ou médio prazos, solução definitiva à vista para ele. Prefiro olhar para os fatos e deixar esquecidos esses mandados econômicos.

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